quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Diário do Caminho Português do Interior - Nisa a Vila Verde da Raia


Dia 01-12-2006: Nisa – Maxiais (43 km)




Na decisão que tomámos em realizar o Caminho Português do Interior, desde Nisa, em etapas intervaladas cronologicamente, pesou muito a situação profissional de cada um, que na altura não permitiu que tal desafio fosse enfrentado de seguida.
Pelo que, após ponderação conjunta, ficou marcada de 1 a 4 de Dezembro de 2006 a nossa primeira etapa, entre Nisa e a Guarda. Às 06h25 da manhã do primeiro dia do mês de Dezembro de 2006, e após um reconfortante café matinal no D. Dinis, iniciámos oficialmente o nosso périplo rumo à cidade galega de Santiago de Compostela, sem grandes despedidas nem foguetes à partida e após votos mútuos de boa sorte para o Caminho, seguimos pelo “Santo Menino”, Azinhaga da Fonte da Aluada, Vale Cardoso até alcançarmos uma das vias mais antigas do Concelho de Nisa: a Carreira Velha. Por ela fomos seguindo para Norte até à E.N. 18 no sentido de Vila Velha de Ródão. Junto à Horta do Sr. Joaquim Mantinha, aguardava por nós o José Carlos Monteiro a fim de registar para a posteridade a primeira foto oficial do Caminho, ainda o sol não tinha nascido. Pela Nacional 18 lá fomos seguindo tranquilamente, ao mesmo tempo que Nisa, a Vila mais a norte do Alentejo, ía ficando para trás. Tomámos o pequeno-almoço na Fonte de S. Simão e pelas 10h25 da manhã transpusemos a Ponte sobre o Rio Tejo, acabávamos de deixar o Alto Alentejo e entrávamos na Beira Baixa, às portas de Vila Velha de Ródão, tempo para uma breve paragem higiénica no café Júlio. Ainda em Vila Velha de Ródão o Pimpão foi bafejado pela sorte ao achar uma nota de 10 euros, (já tínhamos quem pagasse os cafés mais à frente!!!). Às 12h35 tempo para uma paragem mais prolongada na aldeia da Serrasqueira, os estômagos começavam a reclamar, era chegada a altura do primeiro almoço do Caminho. Pelas 17h15 e com 43 km nas pernas e nos pés, dávamos por finda a primeira jornada do Caminho, junto ao Estaleiro da Cimpor em Maxiais, já com Castelo Branco no horizonte.
Como tínhamos viatura de apoio pernoitámos no Retaxo, tomámos banho, jantámos no Centro Paroquial e dormimos no Pavilhão Desportivo.


Dia 02-12-2006: Maxiais – Alpedrinha (etapa interrompida na Zona Ind. de Castelo Branco, aos 5,4 km)

Às 06h00 da matina do dia 2 de Dezembro, recomeçámos a 2ª Jornada do Caminho, nos Maxiais, mas às 08h17 e com apenas 5,4 km efectuados demos a etapa por terminada em virtude duma lesão que contraí, ou melhor, que já tinha contraído e por não ter sido debelada em devido tempo, voltou a manifestar-se com mais intensidade e na pior altura possível, falo de uma tendinite numa virilha. Estávamos junto à Pastelaria Montalvão, em plena Zona Industrial de Castelo Branco. Como é natural voltámos a casa com algum amargo de boca.


Dia 27-01-2007:Zona Industrial de Castelo Branco – Alpedrinha (35,3 km)

1 mês e 25 dias depois, após devidamente sarada a tendinite, retomámos o Caminho onde tínhamos ficado, pelo que às 08h00 da manhã e após a respectiva dose de cafeína na Pastelaria Montalvão, fizemo-nos de novo à aventura no Caminho de Santiago. Durante a travessia da cidade de Castelo Branco tivemos a companhia de um colega de trabalho, meu e do Pimpão, o Luís Marques. Fizemos uma breve paragem em Alcains e às 13h00, percorridos já mais de 21 km, uma paragem na Lardosa para almoço. Às 17h00 e após calcorreados 35 km, chegámos a Alpedrinha, após subida prolongada até esta bonita vila, que se situa a 556 metros de altitude, em plena Serra da Gardunha. O frio foi de tal maneira intenso que durante a marcha e apesar do andamento, nunca tirámos uma única peça de roupa que fosse, as poças de água e valetas em Alpedrinha estavam em gelo às 5 da tarde, imaginem! Por apenas 10 euros por pessoa ficámos principescamente instalados num quarto com roupa lavada e saco de água quente, casa de banho e cozinha, tudo por nossa conta, isto graças à simpatia da D. Celeste que nos arrendou por 1 noite todos estes aposentos e ainda fez o favor de nos colocar sacos de água quente nas camas e 1 aquecedor na casa de banho, tal era a frialdade. Jantámos muito bem no Restaurante Cerejal, junto à E.N. 18. Na ida e vinda do jantar sentimos na pele a noite gélida que se fazia sentir, com um vento terrivelmente cortante. Muito frio no Caminho!


Dia 28-01-2007: Alpedrinha – Cruzamento do Teixoso (33,3 km)

Às 08h15 da manhã e super bem agasalhados lá seguimos para nova jornada. Por volta das 10h30 tomámos o pequeno-almoço nas Donas, freguesia do Concelho do Fundão. Foi precisamente num pequeno café deste local, quando pedíamos algumas informações sobre qual o melhor itinerário para Valverde (a pé, pois claro!), que o Castro se esqueceu das luvas, mas acabou por ter sorte, pois conseguiu recuperá-las mais tarde. Saímos da Nacional 18, passando ao lado da A23, atravessámos Valverde e depois de um troço por um extenso vale, passámos sob a A23 e retomámos de novo a E.N. 18 até Alcaria, onde chegámos às 13h00, aproveitando 1 horita de pausa para sarar males de fome e de pés…!
Às 14h00, já mais aconchegados, fizemo-nos à 2ª metade desta jornada e dela guardamos na memória a paisagem imponente da Serra da Estrela e a passagem junto à cidade da Covilhã, com o tempo a ameaçar alguma chuva. Às 16h50 demos por terminada esta etapa, junto ao cruzamento do Teixoso, vila a norte do Concelho da Covilhã. Ficámos a 35 km da Guarda.


20-02-2007: Cruzamento do Teixoso – Cubo (Guarda) (36,8 km)



No dia 20 de Fevereiro de 2007, às 07h28 da manhã, 3ª feira de Carnaval, enquanto muitos preparavam os seus cortejos carnavalescos, nós decidimos retomar o Caminho para Norte, rumo à Guarda. Foi nesta etapa que se juntou a nós o companheiro de caminhadas António de Almeida Valente. Às 09h10 tomámos o pequeno-almoço na Quinta da Lageosa, imediatamente a seguir à bonita vila de Orjais. Já depois de Belmonte, vila com fortes ligações judaicas, chegámos à Venda da Vela, já muito próximo da Guarda, eram 12h30, pelo que era boa hora para almoçar. Aproveitámos um telheiro nas traseiras de uma antiga escola primária, onde o meu super mini milagroso fogão a gás, contribuiu para o aquecimento dos nossos também super enlatados. Após o conforto dos estômagos tomámos, no único café da povoação, café e um digestivo, qual aditivo para a 2ª parte desta jornada. Às 13h30 retomámos o Caminho e às 16h15 entrámos na cidade mais alta de Portugal: Guarda, a 1056 metros de altitude! Entrámos pela famosa rotunda do G! Estava previsto terminarmos esta etapa por aqui, mas uma vez que ainda tínhamos algum tempo com luz e estávamos bem fisicamente, decidimos avançar um pouco mais, até à povoação do Cubo, e lá chegámos quando eram 17h40, não sem antes termos efectuado mais uma breve paragem para retemperar forças. De regresso a casa e após efectuadas as respectivas ligações pelo pessoal de apoio na retaguarda, tempo ainda para jantar num Restaurante já nosso velho conhecido em Alpedrinha: O Cerejal.


07-06-2007: Cubo – Trancoso (42,5 km)



Após um interregno de mais de 3 meses, conseguimos finalmente arranjar tempo para nos juntarmos de novo os 4 e voltarmos ao Caminho de Santiago de Compostela. Foi também a primeira vez que tivemos o privilégio de ter a tempo inteiro um carro de apoio, conduzido pela infatigável Ricardina. Era o carro do Rosalino Castro, que já nos tinha transportado naquela madrugada desde Nisa e acabava de nos deixar na povoação do Cubo. Eram 06h50 da manhã do dia 7 de Junho de 2007, recomeçámos onde tínhamos ficado na última jornada do Caminho: a povoação do Cubo, perto da Guarda. À medida que nos encaminhávamos cada vez mais para norte, a paisagem acompanhava também essa mudança, pelo que a Beira Alta também não foi excepção e foi com alguma satisfação que vimos os campos muito bem tratados, muita gente a tirar rendimento das terras e gente muito acolhedora, como de resto pudemos constatar ao longo de quase todo o Caminho. Foi, por isso, fantástico, constatar, à medida que íamos caminhando para Norte, quão maravilhoso era o nosso país, pela diversidade de usos e costumes, das suas paisagens e da sua gastronomia.
Passámos pelas povoações do Prado, Chãos, Porto da Carne e Vila Cortês do Mondego, onde, por volta das 10h30 da manhã, parámos para a “bucha” matinal. Retomada a marcha, passámos por Lageosa do Mondego, cruzamento de Celorico da Beira, Celorico Gare.
Às 13h00 almoçámos na povoação do Minhocal, próximo de Celorico, no meio de um imenso campo, à sombra da copa de uma enorme árvore. Pelas 15h00 bebemos café numa estação de serviço, próxima do cruzamento de Freches e às 18h00, com 42,5 km palmilhados, chegávamos à histórica Vila de Trancoso.
Pernoitámos na Pensão “Vale a Pena” e não é que valeu mesmo!!! Por 12,5 euros cada um, tivemos direito a quarto, casa de banho e garagem privativa para a viatura de apoio (isto é que é qualidade de vida, hein!!!). Jantámos num pequeno restaurante muito acolhedor, próximo da Pensão.


08-06-2007:Trancoso – Moimenta da Beira (41,1 km)



Iniciámos a etapa sensivelmente à mesma hora da véspera, pouco depois das 06h45 e ao contrário do que sucedeu mais para Sul, a distância entre povoações era cada vez mais curta. Após Trancoso, as primeiras localidades que atravessámos foram Castaíde, Rio de Mel, Vila Novinha e Benvende, onde tomámos o pequeno-almoço, 20 minutos antes das 10 da manhã. Antes do almoço passámos ainda por Ponte do Abade e às 12h45 paragem para almoço em Vila da Ponte, era importante retemperar forças! Após o repasto e o cafezinho da ordem, novamente o Caminho à nossa frente: povoações com traça bastante antiga e tradicional, como foram os casos de Penso, A de Barros, Prados de Baixo, Prados de Cima e Rua, alguns nomes muito peculiares como podem constatar!
Chegámos a Moimenta da Beira, na saída para Lamego, quando eram 17h35. Dado que no final do dia teríamos ainda que regressar a Nisa, optámos por não andar mais, até para não chegarmos muito tarde a Nisa, uma vez que o dia seguinte era de trabalho. No regresso tempo ainda para jantar na cidade da Guarda.


30-06-2007: Moimenta da Beira – Peso da Régua (43,1 km)



Uma vez mais partimos de Nisa na véspera, pois a distância de casa já começava a ser considerável. Pernoitámos na Residencial Soares e Ilda, Lda. em Vila da Ponte, depois da já termos jantado em Celorico da Beira. Às 07h15 da manhã seguinte reiniciamos o Caminho em Moimenta da Beira, até ao pequeno-almoço passámos por Alto da Portela, Leomil, Arcas, Granjinha, Paço e Granja Nova, até ao almoço atravessámos Almofada, Mondim da Beira, Dalvares, Rossas, Barroncal e Britiande, onde nesta ultima povoação, por gentileza do proprietário muito prestável de um restaurante local, nos permitiu que desfrutássemos do nosso farnel na esplanada do seu estabelecimento, à sombra de um enorme toldo, onde até a viatura de apoio teve direito a descanso, e tudo isto, sem qualquer tipo de contrapartida por parte do simpático senhor. Afinal ainda há gente boa! Retemperadas as forças e com o estômago mais aconchegado, lá partimos de novo pelo Caminho, passando por uma das cidades mais emblemáticas do Caminho Português do Interior: Lamego. Começavam também a surgir com mais frequência sinais evidentes de que estávamos na rota certa para Compostela: cruzeiros, alminhas, diversas imagens iconográficas de santos. Mais uns km palmilhados, deixando para trás Portelo de Cambres, Soalheira e por fim prestes a ultrapassar mais uma fronteira: o Rio Douro, deixávamos a Beira Alta para entrar definitivamente em Trás-os-montes e Alto Douro. Eram 19h00 quando chegámos a Peso da Régua, junto ao Cais Fluvial do Rio Douro, com diversas embarcações ancoradas. Estava concluída a 7ª etapa do Caminho! No final desta jornada pernoitámos em Lamego, na Casa de S. José, instituição religiosa que, para além de abrigo, nos disponibilizou casas de banho, duche e jantar, por valores bastante simpáticos: 20 euros por pessoa!


01-07-2007: Peso da Régua – Vila Real (30,5 km)



Tomámos o pequeno-almoço em Lamego e iniciámos a viagem de carro de ligação a Peso da Régua, para recomeçarmos o Caminho precisamente no ponto onde o tínhamos deixado na véspera. Após a já tradicional foto da praxe, abrimos a nossa jornada pedestre às 07h40. Esta foi para nós, até ao momento, a etapa mais exigente em termos de grau de dificuldade, pese embora ter sido das mais curtas. Mas também foi das mais inolvidáveis em termos de beleza paisagística, tendo como pano de fundo, claro está, as extensas vinhas do Douro, até perder de vista! Daqui tem saído para todo o mundo o famoso Vinho do Porto! Isso é que foi um sobe e desce constante, com curvas a contracurvas, com locais separados por verdadeiros abismos que tínhamos de contornar, andando muito mais para alcançar um determinado ponto, do que se fossemos em linha recta, tais eram os desníveis e obstáculos no terreno. Até que parássemos para novo reconforto de estômagos, foram ocorrendo as passagens por sucessivas encostas vinhateiras, por terras perdidas no meio de nenhures: S. João de Lobrigos, S. Miguel de Lobrigos, Santa Marta de Penaguião (onde finalmente aconchegámos o estômago), Sarnadelo, Pousada da Cumieira, Côvelo, Cumieira e Bergado, onde almoçámos numa zona altaneira e bem arejada, numa mesinha de pedra com bancos, debaixo de árvores de copa larga. Bergado, se repararem com atenção, rima com “bem regado” que foi o nosso repasto, não só durante o dito, como após o mesmo, com o café da ordem e um moscatel do outro mundo, ou não estivéssemos nós numa das suas regiões que tão bem produz este verdadeiro néctar dos Deuses! Durante a tarde passámos por Parada de Cunhos e entrámos por fim no nosso objectivo desta jornada: Vila Real! Foi um final de etapa um pouco stressante, dado que pela primeira e única vez, nos enganámos na rota (seria do néctar e companhia?), facto que nos fez perder algum tempo, por isso terminámos às 17h40, na saída de Vila Real para Vidago. A distância para a Galiza estava cada vez mais curta! Boa!


08-09-2007:Vila Real – Vidago (45,5 km)



2 Meses e 7 dias depois estávamos de volta ao Caminho! Depois da já habitual rotina de sair de Nisa de véspera, pernoitámos na Casa da Juventude de Vila Real. No dia seguinte começámos, pelas 07h20, aquela que viria a ser a maior etapa do Caminho, efectuada numa única jornada: 45,5 km! Contrariamente ao que tinha sido a última etapa, esta percorreu terrenos bem mais planos, tornando a marcha mais fácil e por conseguinte mais produtiva em termos de rendimento. Voltámos a passar por locais que ainda hoje nos estão na memória: Calçada, Gravelos, Escariz, Benagouro e Vilarinho da Samardã, onde tomámos o pequeno-almoço. Depois Côvelo, Vila Chã, Carriça e Vila Pouca de Aguiar, onde uma vez mais contámos com os préstimos do dono de um restaurante que nos deixou literalmente abancar à sombrinha do seu estabelecimento para desfrutarmos do nosso farnel e ganharmos forças para a 2ª fase da jornada.
Em boa hora decidimos acatar as dicas de um habitante local, no sentido de seguirmos por uma antiga linha de comboio que tinha sido reaproveitada e transformada num circuito pedonal, com cerca de 6 km, e que nos levaria até Pedras Salgadas, pois foi um troço bastante relaxante, muito interessante do ponto de vista paisagístico, com árvores bastante frondosas, que permitiu que caminhássemos quase sempre à sombra, estávamos no inicio de Setembro, o calor ainda persistia. Já nas Pedras Salgadas, tempo ainda para apreciarmos também o excelente reaproveitamento dado à antiga estação de comboios, onde foram instaladas pequenas lojas. A parte restante da etapa foi realizada por estrada, Sabroso de Aguiar, Oura e por fim Vidago, eram 18h50. O “descanso dos guerreiros” ocorreu na Residencial e Restaurante “O Resineiro”, onde por valores muito acessíveis, nos proporcionou “barriga dura”, dormida, água quente e um espaço para viatura de apoio! O que se poderia pedir mais!


09-09-2007:Vidago–Cruzamento de Feces de Cima (Espanha) (31,5 km)



Finalmente a derradeira etapa em território luso, a derradeira etapa no Caminho Português do Interior para Santiago, desde Nisa, a última jornada antes da Via da Prata, em território espanhol! O objectivo era chegarmos o mais cedo possível à fronteira com Espanha, Vila Verde da Raia, para regressarmos o mais cedo possível a casa. A partir da próxima etapa, tudo seria diferente, seriam quase 200 km, com regresso a Nisa, só após de termos vencido este desafio, só depois de termos chegado à Catedral do Apostolo!
Às 07h15 fizemo-nos ao Caminho e fomos quase sempre a velocidade de cruzeiro, o objectivo estava próximo, tudo sem grandes pressas, sem grandes stresses! Saboreámos o pequeno-almoço em Vila Nova, já depois de termos passado por Vilarinho das Paranheiras, Vilela do Tâmega e Bóbeda. Mais para o fim da manhã Outeiro Jusão e finalmente a chegada e travessia da cidade de Chaves e Vila Verde da Raia, onde parámos para almoçar, apenas a escassas centenas de metros da fronteira.
O objectivo para este dia estava cumprido, ao fim de 10 etapas tínhamos chegado ao fim do Caminho Português do Interior e prestes a entrar na Via da Prata em Espanha. Mas ainda assim, decidimos aproveitar algum tempo que ainda tínhamos, tempo sempre precioso, por isso avançámos um pouco mais e entrámos pela Galiza adentro, passando pela primeira povoação espanhola designada por Feces de Abaixo, um pouco mais adiante demos a jornada por terminada no cruzamento de Feces de Abaixo com Mandin, precisamente junto ao primeiro marco que encontrámos do Caminho de Santiago de Compostela, que indicava 193,578 km para a cidade onde repousa o Apóstolo.


textos: António Pimpão, Sérgio Cebola
fotos: António Pimpão, Sérgio Cebola, Rosalino Castro

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