quarta-feira, 9 de março de 2011

Caminho Português: as nossas etapas!


"Somos sempre levados para o Caminho que desejamos percorrer!"
(Textos Judaicos)

Caminho Central Português de Santiago (desde o Porto)

10 de Abril:1ª-Porto / S. Pedro de Rates (37,7 km)

11 de Abril:2ª-S. Pedro de Rates/Vitorino dos Piães (36,9 km)

12 de Abril:3ª-Vitorino dos Piães / Rubiães (30,5 km)

13 de Abril:4ª-Rubiães / O Porriño (34, 7 km)

14 de Abril:5ª–O Porriño / Pontevedra (34,1 km)

15 de Abril:6ª-Pontevedra / Caldas de Reis (24,1 km)

16 de Abril:7ª-Caldas de Reis / Teo (28,7 km)

17 de Abril:8ª-Teo / Santiago de Compostela (12,3 km)

Total: 239 km

Caminho de Finisterra

17 de Abril:1ª–Santiago / Negreira (20 km)

18 de Abril:2ª–Negreira / Olveiroa (34 km)

19 de Abril:3ª–Olveiroa / Múxia (28 km)

20 de Abril:4ª–Múxia / Finisterra (20 km)

Total: 102 km

Após algum trabalho de retaguarda, estamos em condições de divulgar a nossa programação relativamente às etapas do Caminho Português. Desde a primeira travessia até Santiago de Compostela, que a norma tem sido programarmos as etapas à nossa imagem e as coisas têm funcionado muito bem, pelo que, também desta vez não fugimos à regra e contamos realizar o nosso próprio e único Caminho. Contudo, não descurámos a informação que consta dos guias que se encontram publicados, mormente, a do Guia do Caminho Português (Porto – Santiago), da Associação dos Amigos do Caminho Português de Santiago e a que se encontra publicada no site do Albergue de Peregrinos de S. Pedro de Rates, informação que se revelou muito útil nesta programação. Relativamente ao Caminho de Finisterra, e isto apenas para os que têm como objectivo continuar a pé até lá, foi seguida à risca a programação constante do site http://www.caminhodesantiago.com/ (O Portal do Peregrino). Importa no entanto e ainda a este respeito, deixar algumas notas de rodapé: Na prática a 1ª etapa, começará logo na tarde do dia 9 de Abril, onde contamos, na nossa perspectiva mais optimista, chegar a Vilar do Pinheiro (17,5 km), facto que reduzirá substancialmente a distância em relação ao dia seguinte. Contudo e ainda que alguma eventualidade nos impeça da alcançar Vilar do Pinheiro, há sempre as hipóteses de ficarmos por Araújo ou pela zona da Maia, pois são locais bastante urbanos onde por certo não faltarão unidades hoteleiras. Mas vamos acreditar que o nosso primeiro objectivo será alcançado! Na 2ª jornada pairou sempre (e ainda paira…) alguma incerteza acerca do final da etapa, se em Balugães se em Vitorino dos Piães, uma vez que nestas localidades não abundam locais de alojamento e de restauração, este será um factor que poderá fazer a diferença, pese embora os 5,3 km finais que separam as 2 povoações. Mas tenho a convicção de que, não ocorrendo nada de força maior, iremos ficar em Vitorino dos Piães, ainda assim e pelas informações que temos recolhido, será aconselhável, por aqui, prover as mochilas com comida quanto baste. Uma vez que na 7ª etapa não está previsto pernoitar em Padrón, vamos pelo menos almoçar por lá, provar os famosos pimentos de Padrón “uns picam otros non”, visitar a sua famosa igreja, visitar a pedra onde atracou a barca com os restos mortais do Apóstolo e beber água da “Fonte Milagrosa” (ver vídeos VI, VII e VIII do “Caminho das Estrelas”). Para que isto seja possível, envidaremos esforços para chegar mais cedo a Padrón. Na 5ª etapa também temos um roteiro gastronómico interessante, as ostras de Arcade e a cidra de caña em Pontesampaio, será interessante ainda visitar o Mercado de Redondela (ver vídeo III do “Caminho das Estrelas”). Na 6ª etapa será também reconfortante tirar partido das águas tépidas termais de Caldas de Reis e dar um banho mais que merecido aos pezinhos que, por essa altura, devem estar mesmo a precisar desta terapia! Será imprescindível também uma visita à Tasca/Adega “O Moinho”! (ver vídeo V do “Caminho das Estrelas”). Partindo do princípio que a 8ª etapa até Santiago, será assim “a modos” que uma espécie de caminhada, tipo passeio higiénico, sugeria por isso aos que pretendem fazer o Caminho de Finisterra, continuar ainda nesse dia até Negreira! Dá perfeitamente para parar algum tempo em Santiago, tratar os assuntos da praxe, almoçar tranquilos e sem grande stress fazer a 1ª etapa do Caminho de Finisterra! (ver vídeos IX e XI do “Caminho das Estrelas”). Aqui, a única alteração a registar em relação à programação do Caminho Francês, é que desta vez o objectivo é terminar mesmo em Finisterra e não em Múxia, se é lá que se encontra o marco com o km 0 do Caminho, será lá fechado o Caminho! (ver vídeo X do “Caminho das Estrelas”).

Nota: convém ressalvar que a numeração das etapas constantes dos vídeos do “Caminho das Estrelas” é diferente da nossa, uma vez que o peregrino “Zapatones” apenas começa o Caminho Português em Tui (ver vídeos I e II).

Imagens: http://chuva-bomtempo.blogspot.com/ (Sé Catedral do Porto)
http://santiago-de-compostela.costasur.com/ (Catedral de Santiago de Compostela)

terça-feira, 8 de março de 2011

Por caminhos e trilhos de Nisa em busca do Caminho Português!

E como o prometido é devido, cumpriu-se hoje mais um treino para o Caminho Português! Em plena 3ª feira de Carnaval, eu e o Leonel, quisemos aproveitar o tempo livre para fazermos mais uma caminhada por caminhos e trilhos ao redor de Nisa. É certo que choveu durante grande parte da manhã, mas tentámos com que essa chuva se transformasse numa mais valia, pois deu para testar uma vez mais a roupa impermeável e a capa da mochila, fazendo-nos chegar à brilhante conclusão de que se há apetrechos a dispensar da mochila, estes dois não o são com toda a certeza! Pelas 09h20 da manhã lá fomos, a compasso de uma chuva não muito forte mas persistente, em direcção à Azinhaga da Água, Rolengo, estrada do Patalou, Tapada da Abisqueira, Alto da Pelada, Tapada dos Jogadores, Estrada Municipal 521 em direcção ao Tarabau, Central da Bruceira (aqui abrigámo-nos da chuva numa das casas da Central e retemperámos forças para 2ª metade da caminhada), retomámos o percurso em direcção à Capela de Santo André, Racheiro (sitio do Caratão), Carreira Velha, Vale da Boga, pontão do Vale da Boga, Fonte do Frade, Fonte Nova e Nisa. Eram 12h20 quando chegámos a casa, com cerca de 16 km calcorreados! Esta caminhada também serviu para trocar muitas impressões com o Leonel, principalmente sobre o equipamento a levar, uma vez que é a sua primeira travessia para Santiago de Compostela. Mas como o amigo Leonel já fez algumas peregrinações de Nisa a Fátima, apenas terá que adaptar o equipamento a mais dias de caminhada e tanto eu como o Pimpão já lhe demos as nossas listas para a mochila, que o poderão ajudar a constituir a sua própria listagem de material. Até porque nas duas últimas caminhadas de treino será aconselhável levar já a mochila com todo o equipamento, para testar o peso e a comodidade. Ficou encontro marcado para o próximo domingo, dia 13 de Março, para os 12 km Manteigas - Penhas Douradas. Lá estarei eu, o Pimpão, o Rosalino Castro e o Leonel, entre outros companheiros de caminhada que connosco irão também! Até lá boas caminhadas!

Foto: António Pimpão

domingo, 6 de março de 2011

De Sul a norte do concelho de Nisa: mais um ensaio de grande nível para o Caminho Português





Quisemos aproveitar, eu e o Pimpão, o dia de hoje para encetarmos mais uma jornada de treino para o Caminho Português. O dia não podia estar mais aprazível para caminhar: tempo fresco com nuvens e sol a espaços! Juntámo-nos às 09h00 da manhã no chafariz do antigo matadouro municipal, no Largo da Devesa em Nisa e daí partimos à procura de quilómetros. Era importante fazer algum asfalto, uma vez que o Caminho Português é bastante pródigo em alcatrão. Seguimos em direcção às passadeiras da Ribeira do Figueiró, no Santo António, transpostas estas, tomámos a direcção do Vale da Cuba, mas pela estrada Nisa-Tolosa. Pelo caminho das “Rasas” chegámos às Termas da Fadagosa, mas não sem antes efectuarmos uma breve paragem para retemperar forças! Das Termas à Laje da Prata foi um instante, depois entrámos de novo na estrada Nisa-Tolosa em direcção ao cruzamento para Arez, via Monte do Maxial! Chegámos a Arez às 12h50 e no parque de merendas local pousámos as mochilas para uma pausa mais prolongada, pois almoçar era preciso! E que almoço: feijoada de javali, pão e vinho tinto! Era importante repor energias para a 2ª parte da jornada! Já tínhamos feito mais de 17 km em menos de 4 horas, o que nas abria grandes perspectivas para nos mantermos optimistas quanto ao facto de querermos chegar a Vilar do Pinheiro no 1º dia do Caminho Português, onde só iremos caminhar depois de almoço! Após o repasto bebemos café e digestivo na Tasca do Rui e retomámos a caminhada pelo “caminho velho” de Arez para Nisa. O céu começou a escurecer, o vento levantou-se auspiciando alguma chuva, mas felizmente foi falso alarme, o S. Pedro foi amigo! Imediatamente a seguir à ponte do Figueiró (Porto de Arez), saímos do alcatrão e por caminho fomos em direcção à Fonte Seca, onde se perspectivava a nossa próxima paragem. Pelo meio cruzámos a Horta do amigo Zé Camões com o qual travamos amena cavaqueira! Na Fonte Seca descansámos um pouco, bebemos água e degustámos uma barrita energética a “mielas” e alguns frutos secos. Consumada mais uma paragem higiénica, retomámos a caminhada no sentido da Horta das Cancelas e do Vale das Vinhas, aqui, na Horta do amigo José Maria Rodrigues e a convite deste bebemos uma fresquíssima mini superbock, qual tónico para a parte final da jornada! Vale Cardoso, Quinta do Chão do Almada, Fonte do Frade e Azinhaga da “Piçarrinha” fecharam mais uma grande jornada pedestrianista: 31,5 km em 7 horas de caminhada! Um treino muito produtivo, se pensarmos que falta pouco mais de um mês para o Caminho Português! Daqui em diante será aconselhável manter esta fasquia em termos de preparação. Ficou marcado novo treino, para os que tiverem disponibilidade, na próxima 3ª feira, dia 8 de Março! Com o relógio em contagem decrescente convém não facilitar!

Fotos: António Pimpão