Como se costuma dizer na gíria popular, "tudo anda até que chega" e eis que se aproxima o momento em que tenho a oportunidade de realizar o meu primeiro Caminho em solitário (se é que alguma vez estamos sózinhos no Caminho...!). Para vos ser franco a ideia surgiu há um ano a esta parte, por alturas da peregrinação Nisa-Fátima, achei que estava na altura de experimentar algo diferente (é incontornável, mais tarde ou mais cedo...!) querer tentar novos desafios! Mas por um par de razões com as quais não vos quero, de todo, maçar, não consegui reunir as condições necessárias para trilhar o Caminho em solitário, como primeiramente programei para Outubro de 2012! Coisas que eu sei que me fazem tão bem à mente e ao corpo, não as posso (nem devo...) deixar muito tempo em "stand by", pelo que creio ter reunido essas condições para o realizar no principio do Outono deste ano, mais precisamente daqui a pouco mais de um mês, no dia 4 de Outubro! Escolhi o Caminho Inglês, no qual inclui também a variante de La Corunha, uma vez que se tratando de um Caminho mais curto em relação aos demais, é perfeitamente pacifica a inclusão dessa variante. Vou seguir o exemplo do António Pimpão e do Rosalino Castro, penso que todos o devemos fazer um dia, porque há momentos para tudo e é salutar vivenciar as diversas experiências que o Caminho nos proporciona, mais que não seja para efeito de comparação, sendo certo que fazê-lo em grupo ou em solitário, qualquer que seja a opção, terá sempre as suas vantagens e desvantagens. Quem vive a essência do Caminho, vai gradualmente passando por todos os desafios que este proporciona, isto porque quem vive realmente a sua essência, é-lhe sentimentalmente impossível estar muito tempo ausente! Acho que é isso que se passa também comigo, sem querer parecer demasiadamente egoísta! É essa necessidade de permanente regresso que, mais tarde ou mais cedo, nos leva a tentar novas experiências no Caminho! Porque não há dois Caminhos iguais, cada partida e cada chegada, é como se fossem sempre as primeiras! Pelo menos para mim, tem sido assim!
Ultreya!
Foto: Cabo Finisterra, Galiza (da autoria de António Pimpão)
