segunda-feira, 13 de julho de 2015

Caminho Sanabrês: 09-06 (13ª Etapa: Oseira - A Laxe, 28,5 km)

 
 
 
 
 
 
 
 
 
Comecei a caminhar às 06h20 da manhã. Havia serviços em O Castro Dozon, mas como ainda era muito cedo (08h40) decidi continuar o Caminho, até porque tinha tomado o pequeno-almoço (no albergue) há pouco tempo! De acordo com o Guia Gronze deveria apanhar também serviços na Estação de Comboios de Lalin e em Doisón! O que é certo é que nem num lado nem no noutro apanhei qualquer bar! Para falar a verdade nem me dei conta de passar à Estação de Lalin e vim sempre seguindo as setas e os marcos! Fiquei com a sensação que teria que se descer ao centro da povoação para ir à Estação! Em Doisón, à exceção de uma senhora que andava a vender pão numa carrinha, não vi mais nada que se parecesse com algum bar! Conclusão, para além de 1 ou 2 breves paragens para beber água, reabastecer as garrafas e aliviar a bexiga, foi quase uma direta até A Laxe, onde cheguei às 12h00! Mais uma vez o albergue só abria portas às 13h00! Já lá estavam meia dúzia de peregrinos à espera, mas nenhum que eu conhecesse de jornadas anteriores! O Ramon e o Carlos decidiram continuar até Silleda! Deixei a mochila e o bastão à porta do albergue e fui até uma sombra comer o que tinha na mochila com pão que comprara a uma vendedora ambulante que por ali passara! Como a água dos lavadouros onde umas senhoras lavavam roupa não era potável, pedi a uma senhora que enchesse as garrafas na torneira de sua casa! A simpática senhora ainda fez melhor, com a água ofereceu-me também morangos da sua horta! Os peregrinos das Canárias chegaram um pouco mais tarde e as portuguesas um pouco mais tarde ainda também ali chegaram e ficaram! Do que tinha na mochila apenas guardei o suficiente para o pequeno-almoço da manha seguinte! A Laxe era uma aldeia muito pequena, sem lojas e com apenas 2 restaurantes, 1 a 200 metros do albergue e o outro mais distante, mas que vinha buscar os peregrinos de carro que lá quisessem comer! Às 16h45 chegaram as minhas amigas peregrinas portuguesas! Cedi a minha cama (em baixo) à Maria Lobo que vinha em mais dificuldade, pois seria sacrifício demasiado ter que ir para uma cama em cima! Após as lides domésticas e o descanso dei um passeio até ao restaurante que ficava mais perto de seu nome "Restaurante Maria José"! O menu custava 10 euros! Por volta das 20h00 e na companhia das minhas amigas fomos jantar! A tal refeição quente por dia estava a fazer imensa falta! Havia wifi gratuito, o que deu para por a net em dia! A Lena Martins não quis uma das costeletas, ofereceu-me, o que aceitei de bom grado! Naquele dia estava mais necessitado! Quando subi ao meu beliche, percebi de imediato que não iria ficar ali por muito tempo! Como se os roncos não fossem já problema suficiente, seguiu-se um ataque de melgas! Peguei no saco-cama e mudei-me para um dos sofás da sala de estar! Pouco tempo depois já tinha a companhia de um peregrino italiano! Confesso que foi uma noite dormida a espaços, mas seguramente, melhor dormida do que teria sido com a sinfonia de roncos e ataques de melgas!


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