sexta-feira, 18 de maio de 2012

28 de Abril: De volta a Santiago!


O dia amanheceu solarengo em Fisterra, deixando antever a continuação de bom tempo, o que se viria a revelar uma completa ilusão à chegada a Santiago! Levantei-me às 08h30 da manhã e fui ao supermercado Cláudio, junto ao hotel, comprar o nosso pequeno-almoço e pão e fiambre para fazer uma sandes para comermos durante a viagem de regresso a Santiago! Trouxe a nossa roupa para cima que já estava lavada e enxuta. Por volta das 10h00 da manhã descemos do hotel, deixámos a chave na portaria e despedi-mo-nos, deixando cumprimentos ao Manoel, que estava ausente no momento da nossa partida! O autocarro estava marcado para as 11h45 pelo que tivemos tempo de sobra para passear junto às docas, contemplando a costa e alguns pescadores que se preparavam para a faina e aspirámos a brisa marítima! Deu para ver que chegavam e partiam muitos peregrinos, mas também deu para ver que muitos chegavam ali de autocarro! A viagem de regresso a Santiago foi algo surreal! 3h45 para fazer 90 km! Já para não falar nas diversas paragens efectuadas! Pelo menos uma vez por semana deveria haver um autocarro directo! Chegámos às 15h00, deixámos as mochilas no quarto! A chuva voltou e como se não bastasse acompanhada de sonora trovoada! Ainda falhou a luz pelo menos uma vez! Bebemos um copo no bar Dakar e eu comi um bocadillo de atum! A tarde foi passada a comprar "recuerdos" para a família e amigos! Antes de jantar fomos beber umas "canhas" num bar nas imediações do restaurante! A mãe da Elena emprestou-me um guarda-chuva que bem jeito fez! Às 20h30 fomos então até à Casa Manolo desfrutar da nossa última "cena" peregrina! Partilhámos os dois pratos, um de frango e outro de linguado grelhado, ou seja, pagamos um menu cada, mas comemos dos dois! Ideia do Pimpão! Porreiro! Fomos ao quarto depois do repasto, o Pimpão já não quis sair, mas eu fui dar um último passeio pela parte antiga da cidade, pela Praça do Obradoiro, as ruas estavam movimentadas, também era sábado à noite! Deambulei por ali, lancei um olhar de meditação e de reflexão à catedral, como que pedindo orientação para o próximo Caminho! Apanhei uma pedra para recordação! Lentamente retomei o percurso de regresso ao quarto! Ainda pensei em entrar num pub para beber um copo, mas decidi-me por recolher a casa! Queria descansar das emoções da travessia, escutar um pouco de música antes do sono reparador dar chegada!

Fotos (autoria): António Delfino e António Pimpão

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