domingo, 20 de maio de 2012

Dia 29 de Abril: O regresso a casa!


A alvorada ocorreu às 08h00 da manhã após uma noite bem dormida, que apenas foi interrompida já de madrugada por alguns boémios barulhentos que saiam dos bares ali próximos! Tomámos o pequeno-almoço na cozinha e fizemos umas "sandochas" para a viagem até ao Porto! Pouco depois das 09h30 da manhã e após nos termos despedido da mãe da Elena, lá fomos pelo caminho mais curto até ao terminal dos autocarros. Já na estação auxiliei uma peregrina asiática (que já tínhamos visto  no albergue de Olveiroa) que estava com dificuldade em entender como funcionavam os cacifos onde se deixavam as mochilas. Após conversa com a senhora das informações (que não foi muito simpática com a peregrina...), lá consegui explicar-lhe (falava muito pouco inglês...) como funcionavam os cacifos! Desfez-se em agradecimentos e despediu-se. Estáva-nos reservada uma surpresa agradável ainda antes da partida de Santiago! O reencontro com a Viveca! Apareceu também na estação! Contou-nos que tinha terminado o Caminho e já tinha ido à Corunha de autocarro e também queria ir a Fisterra e Múxia e andava a ver os horários do transporte! Confidenciou-nos, em jeito de graça, que no albergue de Monte do Gozo tinham dormido 3 "bicigrinos" portugueses que ressonavam mais alto que o António (Delfino), eh, eh, eh! Demos-lhe uma "mãozinha" na procura dos horários e apenas havia um às 18h45, o que já era muito tarde para ela pelo que já não iria nesse dia. Perguntou-nos qual seria o nosso próximo Caminho, respondemos-lhe que ainda não tínhamos nenhuma decisão tomada sobre isso, que iríamos pensar no assunto! A Viveca disse-nos que queria fazer o Caminho Português e também a Via da Prata! Tirámos uma última foto à nossa amiga peregrina e despedi-mo-nos com um até sempre. Partimos às 11h05, 5 minutos depois da hora prevista e levámos 4h15 para fazer 235 km, com paragens em Pontevedra, Vigo e Braga! Pior que tudo isto foi a ideia surreal de fazer uma paragem de 30 minutos na estação de serviço da Trofa, paredes meias com o Porto! Foi o protesto geral, principalmente, os que tinham comboio para apanhar, como era, pelo menos o nosso caso e o caso de umas peregrinas portuguesas de Faro! Entretanto o Pimpão já tinha combinado com o Manuel Correia que nos faria o favor de nos dar boleia do aeroporto Francisco Sá Carneiro para a estação da Campanhã! Foi a nossa sorte, senão tínhamos perdido o comboio, mesmo assim foi à queima! Como se já não bastasse o favor que nos fez em dar boleia, ainda nos presenteou com panados, regueifa e vinho tinto, incluindo um "palhinhas" de 5 litros oferta do seu pai (pinga de Resende, Régua)! Grande, Amigo Manel! E um agradecimento também à sua família! Praticamente não houve tempo para nada no Porto! As boas vindas ao nosso amigo foram quase em simultâneo com as despedidas! Às 14h52 e após uma intensa correria, lá embarcámos no alfa-pendular até ao Entroncamento! Por volta das 17h00 chegámos ao Entroncamento e a ligação ao regional que nos deixaria em Ródão, seria às 17h28, o que já nos deixou maior margem para comer a merenda do Manel e beber um tinto! Já estávamos a precisar! A parte final da viagem de combóio foi um autêntico passeio turístico, com  fantásticas paisagens junto ao Tejo, em especial no troço entre a Praia Fluvial do Alamal (Belver) e as Portas de Ródão! Deu para contemplar e meditar em jeito de rescaldo de mais aventura realizada! Chegámos à hora prevista (19h12) a Vila Velha de Ródão! Pouco depois chegou a Fernanda, o André e o Bernardo! Posámos para uma derradeira foto na companhia do "palhinhas" de Resende! Eh, eh,eh!Às 19h50 chegávamos, enfim, a casa depois de 1 dia intenso de viagem e de 17 dias foram de casa, 14 dos quais no Caminho Primitivo e no Caminho de Fisterra! 

Fotos (autoria): António Pimpão

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