quarta-feira, 8 de julho de 2015

Caminho Sanabrês: 07-06 (11ª Etapa: Xunqueira de Ambía - Ourense, 21,6 km)

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

 
Às 06h18 da manhã e na companhia da Zelinda, do Plácido, do Vicenzo, do Juliano, do Daniel e do Gerard, iniciei a curta etapa até Ourense! Ironicamente tratava-se da etapa com mais bares e serviços e intermédios e foi a etapa onde não fiz qualquer paragem, à exceção de uma ou duas breves pausas para aliviar a bexiga e para beber água! Os meus companheiros, ao cabo de alguns km pararam num bar para beberem café! Eu fiz-lhes sinal que continuava! Desde a entrada de Ourense até ao albergue, ainda tive que percorrer mais de 1 km subindo por uma imensa avenida! Alguns restaurantes coziam polvo (pulpo) em enormes panelas de ferro! Uma boa forma de fazer publicidade à iguaria! Em Melide (Caminho Francês) também utilizavam o mesmo método! Às 10h51 cheguei ao albergue! Estava fechado e só abria às 13h00! Já lá estava um casal de peregrinos holandeses! Pouco a pouco foram chegando cada vez mais peregrinos, o alemão Stephen, os italianos e os franceses e outros que não que não conhecia! As mochilas iam-se perfilando! Creio que os responsáveis pelo albergue deveriam repensar o horário de abertura ou em alternativa facultar um lugar onde deixar as mochilas até à hora de abertura! Ourense é uma cidade grande, ponto de chegada e de partida de muitos peregrinos, que apenas querem percorrer os últimos 100 km para receber a Compostela! Depois das habituais lides domésticas e de higiene, comi algo na cozinha e desci até às urgências médicas! O simpático médico não me adiantou nada de mais ao que eu já sabia! Apenas me disse para tomar os comprimidos de cortizona que tinha comigo, durante os próximos 6 dias, reduzindo a dose gradualmente! Disse-me para por a pomada de hidrocortizona nas manchas maiores, que a coisa melhoraria! Como tinha já pouca pomada, passou-me uma receita para reforçar o stock, caso fosse necessário! Regressado ao albergue combinei com o Ramon e com o restante pessoal, que incluiu também a francesa Cristiane, que às 15h30 desceríamos até à Plaza Mayor, onde poderíamos apanhar um comboio turístico que nos levaria às Termas junto ao rio Minho! A Zelinda voltou a dizer-me que o banho termal me faria melhor do que qualquer medicamento que tomasse! Concordei com ela, porque já tinha tido uma experiência termal para a pele que tinha dado excelentes resultados! Na Plaza Mayor, enquanto aguardávamos pelo comboio, bebi uma "canha" com o Ramon, enquanto a Zelinda e a Cristiane comeram um gelado! Estava bastante calor, talvez o dia mais quente desde que iniciara o Caminho! As termas tinham vários locais para banhos, ficavam na saída da cidade, junto ao rio Minho! Nalgumas pagava-se entrada, noutras a entrada era gratuita! Escusado será dizer que optámos pelas segundas! Peregrino não é turista! Saímos na última paragem, creio de se chamavam Termas do Molino! Como era domingo e estava calor, havia muita gente! Os tanques de água quente estavam bastante concorridos! O primeiro tanque tinha água bastante quente, o que não convidava a imersões muito prolongadas! Optei pelo 2º tanque, onde estive em puro relaxe cerca de 1 hora! Os meus companheiros, entre a água do rio e a dos tanques, faziam o mesmo! Mais tarde fomos a pé (5 minutos) até às últimas termas, também gratuitas! Mais uma imersão de cerca de 45 minutos! O Ramon e a Zelinda fizeram-me companhia! Quando entrámos no comboio para regressar a Ourense, cerca das 18h30, estava como novo...eheheh...! A viagem de ida e volta custava 1,70 euros...! também nos tinha ajudado bastante um mapa da cidade que nos tinha sido distribuído no Claustro de S. Franciasco, junto ao albergue! Nas imediações da Plaza Mayor, na parte antiga da cidade, fomos até ao bar Boémio para uma "canha" e para a navegação na internet em dia! Por volta das 20h00 combinámos de nos encontrar, junto à catedral românica na Plaza Mayor, menos o Ramon que abdicou do jantar por se encontrar um pouco indisposto! A Zelinda tentou localizar um restaurante que lhe tinham indicado ali perto! Após algumas tentativas em vão e sem darmos com o bom do restaurante, sugerir-lhes a Casa Bedoya (perto do albergue), aceitaram de bom grado, até porque o albergue fechava às 22h00, o que não nos deixava grande margem de manobra! A ementa foi boa e bastante variada, com entradas diversas sugeridas pela casa! De segundo carne de porco com batata frita e salada mista, com tinto a preceito! O desgaste da caminhada exigia que, pelo menos, uma vez por dia nos deleitássemos com um repasto deste nível! Ainda por cima, por 10 euros por pessoa, não se poderia exigir mais!


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