Etapa 7
Dia 6 de Abril de 2013 (sábado)
Mérida – Alcuéscar (36,4 km)
Dia 6 de Abril de 2013 (sábado)
Mérida – Alcuéscar (36,4 km)
Saí de Mérida
pelas 08 da manhã pela ponte romana do Arroyo Albarregas com vista para o
aqueduto com as cegonhas e com o nascer do sol a despontar deu uma imagem
espetacular. Prossegui guiando-me pelas flechas amarelas e seguindo por uma
ciclovia até á barragem romana de Proserpina, o que fiz num ápice, parei para
apreciar a construção e tirar algumas fotos, contornei a barragem e após um
pequeno engano prontamente desfeito por uns pescadores matinais, tomando á
esquerda uma pequena estrada alcatroada, um par de km depois sai-se da estrada
sempre por caminhos abrindo e fechando cancelas cheguei a El Carrascalejo, que
possui uma igreja do século XIV e que transpus sem parar, até chegar a um túnel
por baixo da auto-estrada por onde passei e após uma ligeira subida atingi um
cruzeiro, donde se avista Aljucén, local onde parei num café junto á igreja e
tomei um retemperador bocadillho com uma Coca-Cola, para o final da etapa
faltavam ainda cerca de vinte quilómetros…
Segui por
estrada até ultrapassar o rio Aljucén para pouco tempo depois, á direita entrar
num caminho de terra batida em pleno parque natural de Cornalvo y sierra
Berneja, pela via pecuária e que me iria levar até muito perto do final, sem
que antes tivesse que atravessar mais um arroyo de botita ás costas e
encontrado pessoal que deveria andar a procura de cogumelos, troço do qual
gostei especialmente, atingido que foi mais um cruzeiro e após o encontro com
um peregrino que aproveitou a fresca erva para fazer uma siesta atingi mais um
cruzeiro para pouco depois de deixar o caminho de terra, fazer os últimos metros
por estrada até a povoação de Alcuescar, destino final da etap com pernoita no
Albergue de Peregrinos Casa de la Misericordia de Alcuescar, com jantar
incluído e funcionando por donativo, cheguei eram 16H30 e após o registo e
banho retemperador e as tarefas do costume saí para mais umas compritas, quando
regressei reencontrei uma peregrina com quem tinha estado em Mérida e que me
disse que por pouco não me tinha apanhado em Aljucen, dado que o dono do café
lhe tinha dito que eu tinha acabado de sair e teve que fazer sozinha toda a
etapa.
Após o jantar
que de bebida apenas tinha água, convidei-a e a um dos hospitaleiros a tomar
comigo um cafezinho no bar ao lado e após alguma conversa ele diz-me que já
anda nestas andanças desde 1968 e pela conversa deduzo que conhece todos os
sítios de que lhe falo, bela conversa essa com quem vive tão intensamente este
caminho e que por aqui se mantém há já uns anos fazendo trabalho voluntário a
troco de comida e teto para dormir, foi das conversas mais enriquecedoras deste
meu caminho e deduzo mais uma vez que é preciso tão pouco para se ser feliz.
A registar as
tréguas dadas pela tendinite e o encontro com pessoas cujas partilhas de
experiências de vida torna a nossa existência tão plena.
Texto e fotos: António Pimpão
Sem comentários:
Enviar um comentário