1. Ainda não consigo explicar o que me leva a embarcar de novo nesta epopeia. Da primeira vez, em 2007, foi mesmo a curiosidade, o gosto pelo desconhecido, o acompanhar de amigos,o medir das minhas capacidades fisicas. Neste momento, para além dos motivos atrás expostos, tento descobrir dentro de mim o verdadeiro motivo e a verdade é que não consigo vislumbrar nada de novo. Na verdade o caminho, o nosso caminho está dentro de cada um de nós, o caminho será marcarmos objectivos e conseguir superá-los? Será?
Sempre que me desloco a Fátima e me encontro no Santuário, sinto-me em paz comigo mesmo, curiosamente só sinto este tipo de sensação ali, naquele local. Será que é também isso que busco aqui neste meu caminho?
A purificação da alma através desta peregrinação?
Tenho ainda outra curiosidade pessoal, que é calcorrear terrenos que o meu pai percorreu em 1964 quando foi a pé para França e atravessou a pé os Pirinéus.
Será também por isso?
Espero sinceramentre vir a descobri-lo assim a saúde e Santiago o permitam.
2. Queria desde já dar uma palavra de muito amor e carinho à minha esposa Fernanda e aos meus filhos Bernardo e André, que desde a primeira hora têm sido os meus maiores incentivadores.
3. Queria ainda agradecer a todos e todas que apesar de lá bem no fundo pensaram que só gente doida se predispõe a palmilhar quilómetros durante 30 dias consecutivos, me, nos vão dando o seu incentivo e colaboração.
4. Para os agora três companheiros de caminho... Ultreya et Suseya! Bem haja a todos!
Texto: António Pimpão
Foto: J.P. Valente
Caro companheiro.
ResponderEliminarO Caminho em si representa uma procura pessoal de paz interior ou de uma experiência vital. Um Caminho, onde todos e cada um, procuram à sua medida um encontro consigo mesmo. Tudo aquilo que nos apaixona, também nos guia e protege. Apaixonadamente obcecados por algo que amamos, o nosso Caminho é suavizado por uma avalancha de magia que nivela degraus, pondera, discorda, que nos leva consigo sobre os abismos, os medos e as dúvidas.
Citando o poeta António Machado,digo-te " Caminhante, são tus pegadas o caminho e nada mais; caminhante, não há caminho, se faz caminho ao andar...".
Faz do "teu" caminho um encontro constante.
Que Santiago vos ajude e protega.
António Fernandes
(Castelo Branco)