terça-feira, 16 de março de 2010

Boinas Verdes de Portugal


Dai-me, Senhor, o que vos resta,
Dai-me o que nunca ninguém vos pede.
Eu não vos peço o repouso,
Nem a tranquilidade,
Nem a da alma, nem a do corpo.
Eu não vos peço a riqueza,
Nem o êxito, nem mesmo a saúde.
Eu quero a incerteza e a inquietude,
Eu quero a tormenta e a luta...
E concedei-me-las Senhor,
Definitivamente
Que eu tenha a certeza de as ter para sempre,
Porque não terei sempre a coragem
De vo-las pedir.
Dai-me, Senhor o que vos resta.
Dai-me o que os outros não querem.
Mas dai-me também a coragem
E a força e a fé...
Aspirante pára-quedista ZIRNHELD(morto em combate atrás das linhas inimigas)

Apesar das inúmeras mensagens de apoio que nos têem chegado, não poderia deixar de destacar, aqui neste espaço, as que de uma maneira ou de outra vão chegando, oriundas da grande familia Pára-Quedista. Por entre muita saudade e emoção e em jeito de agradecimento, queria de uma forma geral, sem particularizar, agradecer-vos as palavras de apoio e aconselhamento, com a promessa da dedicação, ainda que por breves momentos de um pensamento ou uma oração, com a certeza porém que estarão sempre junto ao meu coração, simbolizados na medalha do nosso padroeiro São Miguel Arcanjo que me acompanhará durante o percurso. Quem como eu admira, venera e respeita os Pára-quedistas, não consegue ficar indiferente a tantas palavras de incentivo, pelo que às vezes, com a emoção à flor da pele, é-me dificil conseguir conter alguma lágrima furtiva que teimosamente brota dos meus olhos sempre que o meu passado Pára-quedista se torna bem presente. Tenho como dado adquirido que a minha passagem pela "Casa Mãe", lugar de culto para mim, elevou a fasquia dos meus limites e moldou a minha maneira de ser para sempre, descobrindo aí a verdadeira amplitude de palavras como amizade, camaradagem, sacrificio, temeridade, espirito de corpo, entre outras. A importância de cada "irmão de armas" na minha existência, que considero orgulhosamente para toda a vida, e, a vaidade que sinto ao falar desta "minha familia Pára-quedista" como se de uma extensão da minha própria estirpe de sangue se tratasse é incontornável, intemporal e perdurará para todo o sempre. Em meu nome e em nome dos meus companheiros de caminhada, muito obrigado!

"HONRA-SE A PÁTRIA DE TAL GENTE"

Texto: António Pimpão

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