Etapa 2
Dia 1 de Abril de 2014 (2ª Feira)
Castilblanco de los Arroyos – Almadén de la Plata (28,8 km)
Dia 1 de Abril de 2014 (2ª Feira)
Castilblanco de los Arroyos – Almadén de la Plata (28,8 km)
De véspera o hospitaleiro voluntário de Barcelona, Francisco Ruzafa sugeriu a quem estivesse interessado que em virtude dos primeiros 16 km desta etapa ocorrerem unicamente por estrada, havia a possibilidade para quem o desejasse, fazê-lo de táxi, claro que da minha parte lhe disse que isso nunca me passaria pela cabeça e que imaginava já os meus companheiros de outros caminhos a esboçar um grande sorriso quando lhes relatasse essa generosa oferta.
Decidi sair sozinho ás 06H50 da manhã, a etapa seria das mais curtas, entre o inicio e o fim da mesma, nenhuma povoação para jurar, das 15 pessoas que estavam no Albergue, pelo menos 6 fizeram de táxi os 16 kms até á entrada da “Finca El Berrocal”, em pleno Parque Natural La Sierra Norte, demorei 3H10 a fazer essa distância, apenas avistando aqui e acolá algum gado vacum de um lado e e do outro da estrada, parei durante meia hora num pequeno abrigo junto á entrada do parque natural para descansar, comer qualquer coisa e tirar umas fotos.
Animado, entrei pelo caminho de terra batida, passei junto á casa florestal e segui pelo parque, sem chuva e a bom ritmo, passei por duas linhas de água utilizando as poldras que lá existiam, passando ao lado das ruinas de uma antiga povoação, El Berrocal. Saindo da finca, o caminho torna-se mais estreito e em tempo de chuva e com a muita, é difícil manter os pés secos. Alcança-se o cimo do cerro do Calvário, muito perto já do final, que se avista a partir daí e que alcancei após uma descida muito manhosa, acentuada e cheia de pedras que dificultou a marcha, avistei alguns porcos que me acompanharam do outro lado da vedação até chegar a Almadén de la Plata onde me dirigi ao Albergue Juvenil Via de la Plata a que cheguei por volta das 13H30.
Tomei mais uma vez banho de água fria pelo segundo dia consecutivo, arrumei as coisas, lavei o que tinha que lavar, estendi e saí para comer alguma coisa.
Comi um “bocadillo” de presunto, tomate e azeite e lembrei-me do Alexandre Bittar por causa do azeite. Fui comprar umas coisas para o pequeno almoço, levantei dinheiro e dei uma volta pela povoação, acabando por passear mais do que tinha previsto, tirei umas fotos e voltei ao albergue, descansei até ir jantar, coisa que fiz na companhia de um casal e duas peregrinas francesas, acabando por ter um jantar agradável que deu para desenferrujar um bocado o meu francês.
Texto e fotos: António Pimpão
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