Etapa 10
Dia 9 de Abril de 2013 (3ª feira)
a) Cañaveral – Grimaldo (8,2 km)
b) Grimaldo – Rio de Lobos (12,7 km) – Galisteo (9,5 km) Total (22,2 km)
c) Galisteo – Aldea de Jerte (5,9 km) – Carcaboso (5 km) Total (10,9 Km)
Dia 9 de Abril de 2013 (3ª feira)
a) Cañaveral – Grimaldo (8,2 km)
b) Grimaldo – Rio de Lobos (12,7 km) – Galisteo (9,5 km) Total (22,2 km)
c) Galisteo – Aldea de Jerte (5,9 km) – Carcaboso (5 km) Total (10,9 Km)
07H05, saída de
Canaveral, por estrada, falta de sinalética que nos confunde um pouco, mas mais
à frente, depois de seguirmos a estrada pela esquerda encontramo-nos de novo
com as nossas setas amarelas, uma subida dura e acentuada marca este inicio de
etapa, cheguei ao hotel Puerto de los Castanos, passei ao lado de Grimaldo, sem
parar e depois é abrir e fechar cancelas e seguir por extensas “fincas” de gado
vacum, andei um par de horas sempre pelo meio do campo até à zona do polémico corte
do caminho, devido a divergências com o proprietário da “finca” Larios e segui
por Rio Lobos, uma extensa descida e subida, juntamente com as setas amarelas
marcaram e muito bem o caminho até lá e depois por cerca de mais 8 km por
estrada até Galisteo, foi neste trecho que encontrei quase à chegada a Galisteo
surgidos do nada, aqueles que iriam ser doravante e por alguns momentos, os
meus companheiros até Salamanca, quer dizer pelo menos um deles.
Em Galisteo parei
com o trio de peregrinos e comi um belo e grande bocadillo de presunto e tomate
e bebi uma grande caneca de cerveja com limão, que coisa boa, ainda fiz um
compasso de espera a ver se os companheiros se decidiam a seguir viagem, mas pelos
vistos não se decidiram e segui sozinho, contemplando o majestoso Castelo
dirigi-me à ponte que me surgia no horizonte, atravessei e segui por estrada
até Aldehuela del Jerte, recebi um telefonema do Sérgio que me deu noticias de Nisa
e me pôs ao corrente da morte prematura de um camarada de armas, fui meditando
naquela triste noticia e daí até ao final nem dei conta de ter feito o resto da
etapa, onde cheguei eram precisamente 16h30. Não fiquei no albergue oficial,
decidi-me pelo albergue da D. Helena, em quarto privado, por 14 euros.
Depois do banho
e de comer alguma coisa, fiz as tarefas rotineiras da chegada, lavei roupa, fui
fazer compras para a noite e para o dia seguinte, dado que voltei a não me
sentir muito bem-disposto, fiquei-me por um chá e umas bolachitas vendo um jogo
de futebol que estava a dar na tv, de realçar para além da presença dos três
que encontrei de tarde, mais dois peregrinos, penso que alemães.
Reabasteci-me
bem, dado que no dia seguinte não iria haver nenhuma povoação entre a partida e
a chegada, a Dona Helena, figura mítica da Via de la Plata desenhou-me numa
folha A4 um mapa de todo o percurso e por onde devia e não devia ir, simpática
a velha senhora, como viria a constatar, só teria ganho se tivesse ter seguido
os eus conselhos.
Ainda fiz um
compasso de espera para não ir dormir muito cedo, dei uma volta pelas imediações
e lá fui descansar, na nova jornada que se avizinhava, esperava-me um dos
símbolos da via de la Plata, o Arco de Cáparra.
Texto e fotos: António Pimpão