Etapa 6
Dia 5 de Abril de 2013 (6ª feira)
-Almendralejo - Torremejía – Mérida (30,4 km)
Dia 5 de Abril de 2013 (6ª feira)
-Almendralejo - Torremejía – Mérida (30,4 km)
Saí às 08H10 da manhã,
apanhando logo o desvio pela Estrada de Alange, 3,5 kms depois entrei na pista para
a Via de la Plata, que tinha largado de véspera para chegar a Almendralejo, 3
horas de caminho entre vinhas e sobre a antiga calçada romana, uma linha reta
interminável que atinge o seu fim com muito barro no final para variar e a
chegada a Torremejia pelas 11H10 sem que mais uma vez tivesse visto vivalma no
caminho.
A localidade
está dividida pela N-630, procurei um supermercado para comprar algo para comer
e para o caminho, sentei-me num banco da Praça e desfrutei por momentos da
calma que me rodeava, aproveitando para descansar um pouco, antes de me meter
ao caminho de novo.
Saí, seguindo as
setas, por um caminho ao lado da estrada que abandonei por estar completamente
repleto de água e decidi andar ao longo da estrada mantendo assim os pés secos,
um par de km depois, reparo em alguém que me precede umas centenas de metros e
decido abrandar o passo, farto de andar sozinho estava eu e agradava-me ter um
pouco de companhia.
Tratava-se de um
jovem peregrino alemão que andava a bom ritmo, seguimos juntos, depois de alguns
km sempre com a estrada á vista, passámos uma linha de caminho-de-ferro e
seguimos pelo troço antigo da estrada e continuamos por um caminho mais largo,
até atingir as imediações do meu destino e entrarmos na ponte romana, porta de
entrada do caminho, o peregrino alemão decidiu seguir, eu iria como planeado,
ficar por Mérida, segui já sozinho pela ponte romana sobre o Guadiana, com a
ponte Lusitana do lado esquerdo até atingir do outro lado a estátua da loba que
amamentou Rómulo e Remo, virando à esquerda pelo passeio de Roma até atingirmos
na margem do rio, o Albergue del Pan Caliente, onde cheguei pelas 15H35, ás
voltas com a minha tendinite…
Aproveitei para
depois do banho fazer aquelas tarefas rotineiras e pôr a roupa a enxugar, fui
ás compras, visitei o centro de interpretação e as ruínas existentes por baixo
do edifício onde funciona o governo em Mérida.
Para além do
reencontro com o amigo pintor do albergue de Zafra de há dois dias atrás e com
quem tive o prazer de jantar, dado que encerrava por aqui o seu caminho, há a registar
uma confusão no albergue com um rapaz toxicodependente, que aproveitou a
ausência da hospitaleira para se ir instalando, tomar banho, comer todos os
restos de comida que havia na cozinha e começar a ofender todos quantos estavam
no albergue com especial incidência as senhoras, claro que tive que intervir
dado que ninguém o fazia e encorajá-lo a sair amigavelmente, o que fez um pouco
contrariado, a situação resolveu-se com a chegada da hospitaleira e da policia,
não sem que antes se tenha divertido a destruir o livro de comentários
existente no Albergue para o efeito.
Cheguei depois
de jantar e fui directo para a cama dormi que nem um anjo até ao dia seguinte.
Texto e fotos: António Pimpão
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