Etapa 14
Dia 13 de Abril de 2014 (sábado)
Morille- Salamanca (19,3 km)
Total kms (Sevilha - Salamanca): 477 km
Dia 13 de Abril de 2014 (sábado)
Morille- Salamanca (19,3 km)
Total kms (Sevilha - Salamanca): 477 km
Saí com o
Cristian eram 06H50, daqui a Salamanca era um pulinho pelo que antecipadamente
comemoro interiormente o facto de saber que vou concluir com êxito e dentro do
timing que pré-estabeleci, a Via da Prata entre Sevilha e Salamanca! Esta
última etapa até Salamanca, numa distância 19,5 km, serviu para me ir
despedindo do companheiro destas duas ultimas etapas, ainda me desafiou a
seguir com ele, mas não, o meu planeamento era mesmo só até aqui, Salamanca
quase se vê do início da etapa o que a torna monótona, nenhuma povoação até lá,
só uma enorme pista de terra batida, sem sombras, o que no Verão deve ser
terrível, passámos ao largo de Miranda de Azan, até alcançarmos uma cruz
metálica, de onde se avistava já nitidamente a cidade destino final do dia,
eram 10H30 quando chegámos por fim à catedral de Salamanca, antes tínhamos
passado a ponte romana sobre o rio Tormes, decidimos estacionar numa esplanada,
o Cristian fez questão de pagar uma derradeira bebida, selámos as despedidas
com um abraço, sabia que dificilmente nos iríamos encontrar de novo, o tal
sentimento misto começava a apoderar-se de novo de mim, feliz por ter chegado e
triste por ter terminado, assim é o Caminho…!
Lá o segui com a
vista até desaparecer, visitei a catedral, carimbei a credencial e fui até ao
albergue, onde pedi ao hospitaleiro que me deixasse tomar um duche, peguei na
mochila, deixei o donativo e fui à minha vida, pedi informação o autocarro e
respetivo terminal rodoviário à policia municipal que simpaticamente me
direcionou no sentido correto, parei ainda para comprar lembranças para o
pessoal e fiquei a saber que a rã é o símbolo estudantil por aqui.
Cheguei ao
terminal rodoviário, apressei-me a comprar o bilhete e em boa hora o fiz,
afinal os horários que tinha não estavam corretos e se não calho a chegar com
tempo ao terminal tinha ficado a levar uma seca de duas horas.
Aproveitei para
comer algo, o autocarro iria partir em breve e a viagem até Cáceres ainda ía
demorar um pouco, disse adeus a Salamanca até 2014…
Texto e fotos: António Pimpão
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