sábado, 26 de abril de 2014

Via da Prata I (Sevilha - Salamanca)

Etapa 13
Dia 12 de Abril de 2013 (6ª feira)

F. de Salvatierra – San Pedro de Rozados (28,6 Km) - Morille (4km), total (32,6 km)

Antes de sair tive a oportunidade de durante o pequeno-almoço, conversar com o pároco do albergue, deixei-lhe um galhardete de Nisa, agradeceu-me a lembrança e desejou-me um bom resto de caminho.
A registar, tal como já referi dois factos, um que se prende com o José de Barcelona que seguiu muito cedo dado que tinha a intenção de ir ficar a Salamanca, onde terminaria a sua peregrinação e o outro facto tinha a ver, como já referi, com o Tomás, que decidiu ficar mais um dia para desinfestar os seus pertences.

Assim sendo, saí juntamente com o Cristian às oito da manhã em ponto, vimos nascer o sol no caminho, lindo, entre caminhos e campos alagados e miliários, montes, carradas de miliários, coincidentes com a calçada romana e que nos foram fazendo companhia, atingimos a metade da Via de la Plata neste troço e iniciámos a subida ao ponto mais alto que subi neste caminho, o pico de la Duena, ao chegar à zona das torres de energia eólica parece tínhamos chegado ao cimo, mas afinal ainda nos faltava um bocadinho até atingirmos os quase 1200 metros de altitude, o mais alto desde Sevilha e de onde se tem uma vista espetacular, depois a descida, por um trilho de pedra solta e árvores, até atingirmos a estrada por onde seguimos sem novidades de maior até muito perto da povoação de San Pedro de Rozados.

Atravessámos a povoação, eu e o Cristian estávamos a pensar parar, não vimos nenhum bar e seguimos, Morille estava ali já pertinho e decidimos ir até lá, chegámos cedo, eram 13H30, daqui até Salamanca só faltava mesmo a distância de um tiro de canhão, fomos os primeiros a chegar, o albergue só tinha seis lugares, escolhemos as melhores camas, tomei banho, lavei a roupa, pus a secar, fui ao bar da Isa, paredes meias com o albergue, comi algo, pedi informações sobre o comércio local e aproveitei para reservar o jantar, andei por ali a visitar as imediações, tirei umas fotos e encontrei a mercearia, estava fechada, bati a uma data de portas, dei com o dono que prontamente me atendeu, comprei o que necessitava e pedi se podia esperar até que fosse chamar os companheiros de albergue para fazer compras, o que fiz de imediato.
Depois de todas estas tarefas, estiquei-me na cama e pus a escrita em dia que estava bastante atrasada, estive de conversa com o Cristian que começava a dizer-me que se o mau tempo se mantivesse, iria regressar a casa mais depressa que o previsto, fiquei a conhecê-lo um pouco melhor, bom tipo, deu para afinar mais um pouco o meu “franciú”!

Fomos jantar, os seis do albergue, três franceses, dois espanhóis e eu, que bela esta última noite passada neste caminho, foi muita conversa, da minha parte estava quase feito, a etapa seguinte seria o meu último dia no caminho nesta primeira fase da Via da Prata, estaria de regresso a casa, fomos dormir, ouvi música até adormecer…  







Texto e fotos: António Pimpão

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