Tomámos o pequeno-almoço no albergue, os donuts com chá quente que nos preparou a Ivone! Saímos às 08h00 ainda com pouca luz, mas sem chuva, pese embora o céu continuar bastante fechado e muito cinzento, o que não augurava nada de bom! Os primeiros 7 km percorreram parte da "Rota da Pedra e da Água! Para mim o troço mais bonito de toda esta variante! Sempre com o rio Armenteira ao nosso lado, esta rota é constituída por antigos moinhos e canais de água que laboraram noutros tempos! Foi pena o tempo estar tão cinzento, ainda assim conseguiram-se belas fotos deste troço magnífico! A copa das árvores constitui uma verdadeira barreira à entrada da luz solar, o que de verão deve proporcionar uma caminhada bastante aprazível! Perto de Ribadumia parámos num bar/restaurante à beira da estrada para tomar café (a Ivone tomou sumo de laranja natural) e carimbar a credencial. Nas imediações de Pontearnelas passámos por uma casa com uma das paredes laterais completamente coberta de vieiras, que trabalho deveria ter dado aquela obra de arte! Em Pontearnelas desfrutámos de um almoço memorável, talvez um dos melhores refeições de todo o Caminho! A chuva apesar de não ter feito tanta mossa como na etapa anterior, ainda assim e mesmo a espaços ainda deu que fazer, pelo que aquela paragem para almoçar foi providencial! O ambiente era acolhedor, o repasto muito bem servido, as pessoas muito amáveis (em particular a senhora que nos pareceu ser a patroa), presenteou-nos com café "barraqueiro" (que saudades...) e xupitos de licor de café...! Enquanto nos carimbavam a credencial, ainda trocámos umas palavras com um simpático português de Macedo de Cavaleiros que ali morava desde os 14 anos e notava-se pelo sotaque! A abordagem a Vilanova de Arousa foi também inolvidável pela paisagem deslumbrante proporcionada pela Praia do Terron! Chegámos ao albergue (6,00 euros, no pavilhão desportivo) às 16h30, com 26,5 km palmilhados desde Armenteira! Internet de qualidade e gratuita (desde Marinhas/Esposende que tal não acontecia). As noticias que tinham para nós não eram as mais animadoras, o barco não deveria subir o rio mais por causa do vento do que da chuva, se subisse só seria de tarde (entre as 14h e as 15h), o que nos daria a manhã livre! Em última análise seria um carro da Protecção Civil a levar-nos a Pontecesures! Recomendaram-nos o café bar Reiz para jantar e não demos o tempo por mal empregue: pulpo à gallega e mexilhões, regado a preceito por um Albariño de beber e chorar por mais! Enquanto esperámos pela comida aproveitei para ligar para casa, matar saudades e por a conversa em dia. Às 23h30 recolhemos ao albergue e após uma breve passagem pela net, às 24h00 fomos dormir!
Fotos de António Carrasco, Ivone Santos e Sérgio Cebola
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