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Por volta das 11h00 da manhã alcançamos a nossa primeira grande cidade do Caminho: Pamplona ou Iruña em basco, a capital da Navarra! Passámos pelas suas antigas muralhas e deambulámos com calma pelo seu imenso casco histórico, um pouco caótico devido às imensas obras no local. Em Pamplona aproveitei para fazer a minha primeira aposta no euro milhões espanhol. Tirámos algumas fotos na parte velha da cidade, trocámos algumas impressões com peregrinos que iam passando, soubemos também que o grupo de brasileiros que tínhamos encontrado em Zubiri (e com quem o Pimpão e o Castro já tinha falado em Roncesvalles), ficariam nesse dia em Pamplona. Lá fomos continuando ao encontro do Castro e do Pimpão, que nos aguardavam no jardim, já perto da saída da cidade, onde se encontravam a descansar um pouco.
Já juntos parámos ainda num bar na periferia da cidade para refrescarmos do calor com umas “canhitas” mais que merecidas e comer alguma coisa do que levávamos nas mochilas. Mais adiante, entre Guenduláin e Zariquiegui, o Delfino meteu conversa com um francês (que já tínhamos visto em Larrasoaña…) e, qual o nosso espanto quando ele nos disse que já andava a caminhar havia 1 mês, tinha começado a 20 de Março em Le-Puy-en-Velay (a 1.511 km de Santiago), disse-nos ainda, talvez em jeito de consolação, que o mais difícil eram os primeiros 8 dias, depois os pés acabariam por calejar. Eu acreditei que era verdade, pelo menos queria acreditar! Disse-nos também que nesse dia só caminharia até Zariquiegui. Nós começamos então a arrepiar caminho, pois ainda seguiríamos até Uterga e, mais relevante que isso, teríamos ainda que subir ao Alto do Perdão a 750 m de altitude.
Em Zariquiegui reabastecemos de água numa fonte e levantámos o ânimo para a subida final do dia. O calor iria dificultar a tarefa, por isso beber muita água seria essencial. O Delfino voltou a revelar algumas dificuldades na parte mais exigente da subida, mas com calma e algum descanso pelo meio, conseguiu os seus intentos. Sensivelmente a meio da encosta voltámos a reabastecer as garrafas com a saborosa, a fresquíssima e límpida água da Fonte de Gambellacos, seria, sem dúvida, o último aditivo para a conquista do Alto do Perdão! E lá chegámos naturalmente. Não escondi a surpresa com que fiquei ao constatar que era mais perto do que eu estava à espera que fosse, pois tinha confundido o Alto do Perdão com a Cruz de Ferro e, durante a subida, estive sempre a olhar para uma cruz num ponto mais alto da montanha que afinal, e ainda bem, nada tinha a ver com o “Alto del Perdón”. O Delfino acabou também por confessar que pensava que este local fosse noutra etapa bem mais à frente no Caminho, pelo menos quando o tinha visto na internet, tinha ficado com essa ideia formada. Mas pelos vistos não, ali estávamos nós a posar para a foto junto ao monumento em ferro de homenagem ao peregrino que tantas vezes tinha preenchido o nosso imaginário! Era aqui que se cruzava o Caminho do Vento com o Caminho de Santiago e de facto corria um vento bastante agradável que nos proporcionava uma maior plenitude para apreciar a fantástica paisagem que nos rodeava a partir do miradouro onde nos encontrávamos!
De volta ao Caminho para percorrer os 4 km finais desse dia, que nos levariam cerca de 1 hora, por uma descida algo sinuosa com alguns buracos e muito cascalho solto. Neste troço reencontrámos uma “velha” conhecida, uma francesa de Bordéus que se fazia acompanhar pela sua filha, deu para ver que seguia com visíveis dificuldades. O Delfino parou, num banco de madeira à sombra de uma azinheira, para mudar de palmilhas e retirar das botas 2 pensos higiénicos que lhe tinham servido de almofada para amortecer o atrito e o aquecimento dos pés (mais um truque que aprendi ao longo destes últimos anos…).
Chegámos a Uterga um pouco antes das 16h00 e registámo-nos no Albergue “Camino Del Perdón”, onde já se encontravam o Castro e o Pimpão. Aqui jantámos e dormimos, as condições eram excelentes, pois tratava-se de um albergue privado. Após o repasto comprei um pin, uma vieira do Caminho para a mochila e fui à internet para matar saudades de casa e para colocar uma postagem no blogue. Pouco depois das 22h00 recolhi ao quarto, mas por pouco tempo porque, meus amigos, estava lá um roncador a “cortar lenha”…, o maior roncador que alguma vez eu já tinha ouvido roncar, tanto era que foi de imediato galardoado com o prémio do Maior Roncador de toda a História dos Roncadores! Era um peregrino alemão acho eu, mais tarde percebi porque é que ele nos tinha oferecido uma garrafa de vinho ao jantar, só poderia ser para nos anestesiar e para tornar mais dócil o suplício que nos aguardava! Mas, pelo menos para mim, de nada valeu a ”botella” do tinto, tive que pegar no saco cama e na almofada e mudar-me, de armas e bagagens, para a sala de estar do albergue, ainda assim, de quando em vez, eram audíveis alguns arranques da moto serra! (lol! lol! lol!…)
Texto: Sérgio Cebola
Fotos: António Delfino
1 – Em Larrasoaña, antes do arranque para a 3ª etapa
2 – Ponte de Villava
3 – Muralhas de Pamplona
4 – Na parte antiga de Pamplona
5 – Merecido repouso junto à saída de Pamplona
6 – Entre Guenduláin e Zariquiegui, com o peregrino francês
7 – Antes de Zariquiegui, a caminho do Alto do Perdão
9 – Vista de Uterga desde a descida do Alto do Perdão
O alto do perdón é de facto um sitio magnifico. Lá do alto consegue ter-se uma panorâmica de tudo o que nos rodeia.
ResponderEliminarQuanto ao roncador....acho que nós apanhamos um em Zubiri...que parecia um bufador roncador...roncava e bufava como gente grande!